https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/issue/feed Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental 2024-04-09T15:38:22-07:00 Rita Rocha - Secretariado Editorial da RPPSM secretariadoeditorial@revistapsiquiatria.pt Open Journal Systems revista; Portugal; psiquiatria; saúde mental; saúde; mental; https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/496 Avaliação da Qualidade de Sono nos Estudantes de Medicina em Portugal 2024-04-09T15:38:22-07:00 Rita Ferreira a39638@fcsaude.ubi.pt João Brás joao.bras.1993@gmail.com Joana Fialho jfialho@estgv.ipv.pt Cristina Peixoto cristinapeixoto@estgv.ipv.pt <div> <div><strong>Introdução</strong>: O sono é um processo fisiológico complexo presente na maioria dos seres vivos. As perturbações do sono têm vindo a aumentar exponencialmente. Os estudantes universitários, particularmente, os estudantes de medicina, são especialmente vulneráveis a esta problemática. Contudo, a literatura existente relativa ao tema é escassa, especialmente, em Portugal.</div> <div>O objetivo deste estudo consiste em avaliar a qualidade de sono nos estudantes do curso Medicina da Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal e analisar as diferenças e relações existentes de acordo com a idade, sexo, coabitação e ano de curso.</div> <br /> <div><strong>Métodos</strong>: Trata-se de um estudo transversal em que os estudantes envolvidos preencheram o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburg (PSQI), previamente validado para a população portuguesa.</div> <div>Os valores obtidos, para cada componente do PSQI, foram inicialmente analisados para a população global, e posteriormente relacionados com as variáveis sociodemográficas, visando a obtenção de relações estatisticamente significativas.</div> <br /> <div><strong>Resultados</strong>: Duzentos noventa seis estudantes responderam ao questionário. Destes, 62,2% consideraram o seu sono bom; 42,4% obtiveram 1 na componente latência do sono; 50% admitiu dormir entre 6 a 7 horas; 73,9% evidenciou uma eficiência de sono adequada; 85,5% relatou pouco ou nenhum distúrbio do sono; 83,8% referiu nunca ter usado medicação para dormir; e 60,8% mencionou pouca ou nenhuma disfunção diurna. Relativamente ao PSQI global, 73,1% dos estudantes obtiveram uma pontuação superior a 5, indicando uma má qualidade de sono. Das raparigas, 74,7%</div> <div>e dos rapazes, 67,7% revelaram uma pobre qualidade de sono. Dos estudantes, que vivem sozinhos, 91,3% também exibiram uma pobre qualidade de sono. Relativamente ao ano letivo do curso no qual o inquérito foi aplicado, 82,4% dos estudantes do 1o ano reportaram uma pobre qualidade de sono, assim como 77,5% do 2o ano, 72,1% do 3o, 77,8% do 4o, 65,8% do 5o e 71,4% do 6o ano do curso.</div> <br /> <div><strong>Conclusão</strong>: Globalmente, os estudantes que participaram neste estudo apresentaram má qualidade de sono, com uma classificação no PSQI superior 5. Contudo, as classificações em cada um dos componentes não são tão negativas. A maioria dos participantes classificam o seu sono como bom ou muito bom, quase metade dos participantes referiram dormir mais de 7 horas e a maioria apresentou uma eficiência de sono superior a 85%. De igual forma, 83,8% nunca usaram medicação para dormir. Não sendo um resultado robusto, torna-se imperioso a realização de mais estudos que o comprovem inequivocamente. Mais, tais estudos também serão imprescindíveis para identificar situações em que a intervenção terapêutica melhorará tais parâmetros.</div> </div> 2024-04-09T00:00:00-07:00 Direitos de Autor (c) 2024 Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/505 Frotteruismo e Cleptomania na Perturbação do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento: Caso Clínico 2024-04-09T15:38:19-07:00 Ana Raquel Figueiredo arjfigueiredo@gmail.com Sofia Morais sofiamorais86@gmail.com Graça Areias gracaareias@gmail.com Nuno Madeira nunogmadeira@gmail.com <div> <div>As vulnerabilidades inatas nas perturbações do espectro do autismo (PEA) aumentam o risco de comorbilidades psiquiátricas e questões de enquadramento legal. Os défices persistentes na comunicação social, os interesses restritos e repetitivos, ou as particularidades sensoriais podem facilitar o aparecimento de comportamentos desviantes.</div> <div>Este caso clínico descreve a história de um jovem de 22 anos que exibia comportamentos particulares categorizados</div> <div>em frotteurismo e cleptomania. A natureza impulsiva destes comportamentos era também ela consistente com padrões repetitivos e estereotipados. A referência a prévias dificuldades a nível social, sobretudo na vertente da comunicação foi proeminente, tendo conduzido à suspeita do diagnóstico de PEA.</div> <div>Este caso apresenta duas condições raras, comórbidas com a PEA, cujas implicações a nível legal podem afetar severamente a vida dos indivíduos. A importância desta associação aplica-se sobretudo em PEA de alto funcionamento, devido à probabilidade destes indivíduos chegarem não diagnosticados à vida adulta. O diagnóstico de PEA mostra-</div> <div>-se pertinente sobretudo no campo da psiquiatria forense, pois a aferição diagnóstica permitirá o acesso a intervenções adequadas a nível da educação sexual e competências sociais.</div> </div> 2024-04-09T00:00:00-07:00 Direitos de Autor (c) 2024 Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/524 Grávida Sem Útero: Um Caso de Pseudociese a Preceder Psicose 2024-04-09T15:38:12-07:00 Rita Facão ritafacao@gmail.com Ana Estalagem raquel_estalagem@hotmail.com Maria Inês Lobo ineslobo.30@gmail.com Flávia Polido flaviapolido@gmail.com <div> <div>A pseudociese é uma síndrome psicopatológica incomum em que uma mulher acredita firmemente estar grávida, e manifesta sinais e sintomas de gravidez, na ausência de verdadeira gestação. Descrevemos aqui o caso de uma mulher de 37 anos, histerectomizada aos 34 que se encontrava a divorciar-se de um homem de 85 anos, vasectomizado, e que após ter-se envolvido num relacionamento extraconjugal desenvolveu sinais e sintomas de gravidez e a crença de estar grávida. Após exposição a factores de stress adicionais, como privação de sono, desenvolveu um episódio psicótico, centrado num delírio de gravidez. Foi internada e tratada com antipsicóticos, com remissão total, compatível com um diagnóstico de perturbação psicótica breve. Quando a crença errónea de gravidez toma a forma de uma ideia delirante, é possivelmente mais fácil de tratar do que como uma ideia sobrevalorizada, ou pseudociese vera. Apesar de se saber pouco sobre factores prognósticos, a psicoterapia pode ter um papel fundamental na prevenção de recidiva.</div> </div> 2024-04-09T00:00:00-07:00 Direitos de Autor (c) 2024 Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/506 Dexmedetomidina como um Tratamento Emergente de Agitação em Doentes Psiquiátricos: Uma Revisão Narrativa 2024-04-09T15:38:15-07:00 Sabrina Magueta sabrina.von.jesus@gmail.com Ana Costa rodrigues.anacosta@gmail.com Gisela Simões 71848@chbv.min-saude.pt João Alcafache jalcafache@gmail.com Paula Garrido paulacgarrido@hotmail.com <div> <div>A agitação psicomotora aguda ocorre numa variedade de condições médicas e psiquiátricas sendo a forma de apresentação clínica numa percentagem significativa de episódios psiquiátricos urgentes, requerendo intervenção rápida e eficaz. Tradicionalmente, a agitação psicomotora era gerida nas enfermarias psiquiátricas com recurso à contenção física. Com o aparecimento dos neurolépticos tranquilizantes, tais como a cloropromazina, o manejo farmacológico destes estados passou a ser possível. A agitação psicmotora embora seja um resultado potencial da maioria das perturbações psiquiátricas, está frequentemente associada a quadros psicóticos, perturbações do humor e perturbações neurodegenerativas. No presente artigo, os autores propõem explorar a dexmedetomidina como opção terapêutica em estados de agitação psicomotora aguda em quadros psiquiátricos nos quais os fármacos tradicionais não surtiram efeito. Para o efeito, foi realizada uma revisão não-sistemática da literatura. As palavras-chave utilizadas incluíram: dexmedetomidine, acute agitation, rapid tranquilisation, restraint, sedation, psychiatric population, psychiatric disorders. Recentemente, um passo significativo nos métodos de tratamento da agitação psicomotora aguda foi alcançado através da utilização da dexmedetomidina em quadros psiquiátricos. A dexmedetomidina trata-se de um agonista seletivo do receptor‐α2 tendo aprovação para sedação a curto prazo com o benefício de não provocar sedação excessiva, permitindo desta forma uma abordagem psicoterapêutica concomitante. Este fármaco demonstra ser uma opção de tratamento promissora para doentes em estado de agitação psicomotora aguda. A quantidade de estudos disponíveis sobre a sua utilidade na doença mental são, contudo, escassas. As recomendações acerca da intervenção nos quadros de agitação no doente psiquiátrico presentes na literatura foram desenvolvidas com base em dados de investigação, considerações teóricas e experiência clínica, no entanto são necessários estudos que forneçam dados e recomendações definitivas. É imperativo que a investigação dos episódios de agitação psicomotora aguda</div> <div>e a sua contenção evolua, de forma proteger estes doentes das consequências do comportamento e, eventualmente, do tratamento. A exploração do potencial da dexmedetomidina como ferramenta disponível no arsenal terapêutico para o tratamento dos quadros de agitação em contexto de doença mental, ganha particular sentido face à ausência de alternativas que tranquilizem o doente muito agitado sem provocarem sedação excessiva.</div> </div> 2024-04-09T00:00:00-07:00 Direitos de Autor (c) 2024 Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental https://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/551 Um Novo Capítulo: Abraçando o Futuro da Psiquiatria com Gratidão e Visão 2024-03-26T00:49:56-07:00 Luís Madeira luismadeiramd@gmail.com Miguel Bajouco miguelbajouco@revistapsiquiatria.pt 2024-04-09T00:00:00-07:00 Direitos de Autor (c) 2024 Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental