TY - JOUR AU - Fraga, Ana Margarida AU - Mesquita, Bárbara AU - Facucho-Oliveira, João AU - Albuquerque, Margarida AU - Costa, Miguel AU - Espada-Santos, Pedro AU - Moutinho, Adriana PY - 2021/09/08 Y2 - 2024/03/28 TI - COVID‑19, Saúde Mental, e Nutrição: Uma Revisão Narrativa JF - Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental JA - RPPSM VL - 7 IS - 3 SE - Revisão Narrativa DO - 10.51338/rppsm.2021.v7.i3.223 UR - http://www.revistapsiquiatria.pt/index.php/sppsm/article/view/223 SP - 94-100 AB - <p>Desde que foi declarada pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde, a COVID‑19 tem sido responsável por um impacto disruptivo na saúde, economia e relacionamentos interpessoais, com impacto negativo ao nível da saúde mental, com repercussão nos hábitos alimentares na população. Foi realizada pesquisa bibliográfica, através da base de dados PubMed, que pretendeu estudar implicações da COVID‑19 na saúde mental e hábitos alimentares dos indivíduos. A associação entre o aumento dos sintomas psicopatológicos e as pandemias tem sido estabelecida ao longo da história da humanidade. Estudos realizados durante a pandemia COVID‑19, em indivíduos que tinham sido infetados por SARS‑CoV‑2 e/ou em quarentena, encontraram um aumento significativo, da prevalência de sintomas psicopatológicos como a ansiedade, tristeza ou medo. A duração da quarentena, problemas socioeconómicos, informações falsas e/ou inadequadas e o neurotropismo do vírus, são alguns dos fatores de risco apontados como responsáveis pelo surgimento destes sintomas. Da mesma maneira, a comunidade científica têm também encontrado uma relação entre o período de quarentena e dos sintomas angodepressivos com o aumento do consumo de alimentos conforto, de elevada densidade energética e pobre em nutrientes. Este facto, não só aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis, como a obesidade e a diabetes mellitus tipo 2, como também parece influenciar o eixo hipotálamo‑hipófise‑suprarrenal, com comprometimento do sistema imunitário e aumento das doenças mentais como a depressão. A resposta imunitária é, em última instância, a única maneira que temos para ultrapassar esta pandemia. O SARS‑CoV‑2, tem tido um importante impacto negativo quer na saúde mental da população quer nas suas escolhas alimentares o que, condiciona a nossa resposta imunitária. Deste modo, para além das medidas de prevenção da contaminação, também a promoção de um estilo de vida saudável, parecem ser as melhores estratégias contra a COVID‑19, com vista a aumentar a nossa “psiconeuroimunidade” para melhor ultrapassarmos esta pandemia.</p> ER -